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domingo, 22 de janeiro de 2012

Culpa do Dinheiro


Quando eu tinha oito anos eu pensava em, o que fazer com tanto dinheiro pois dentro da minha bolsinha haviam seis reais. Eu dizia para minha mãe e para o meu pai “hoje irei comprar muitos doces, bexigas para encher d'água e umas massinhas para modelar”.
Eu tinha o mundo em minhas mãos, massa colorida para modelar mundos, espécies de animais, cobrinhas etc. Eu tinha bexigas d'água para estourar. Eu tinha doces para me empantufar.
Hoje tudo isso mudou! Eu vejo o quanto é pouco a quantidade de dinheiro que eu tenho, mas esse valor é bem mais que seis reais, é mais que cem reais e eu sempre preciso de mais e mais. Preciso pagar contas, eu preciso comer com o dinheiro ao lado, vou pagar agora minha passagem do ônibus para o trabalho.
E é incrível como o dinheiro tenta significar algo para vida humana. Ele nunca diz nada. Única coisa que ele diz é que necessitamos dele, e que somos dependentes dele, subjetivamente ele diz que sem ele não podemos viver, sem ele morreremos com a maior certeza.
É difícil, mas não consigo me viciar em algo que impõe. Eu vou vomitar pois já enjoei desse medicamento que sara a criatividade, que impedi o raciocínio orgânico. Eu já enjoei de tanta babaquice de superficialidades, da necessidade de ter e ter cada vez mais.
O que é necessário para vida? O que é realmente importante?
Eu não sei ao certo, eu só sei que viver é bem mais que trabalhar para simplesmente comprar. Viver é criar. Viver é conhecer. Viver é sentir apuradamente seus sentidos. Viver não é se enterrar em um buraco profundo, úmido e escudo!

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